Presidente do partido e governador de Pernambuco evitou oficializar a candidatura ao Palácio do Planalto.
Correio Braziliense/Diário de Pernambuco,

Marina Silva se une a Eduardo Campos para criar terceira via na disputa pelo Palácio do Planalto.
Em uma decisão que surpreendeu até experientes analistas
políticos, a ex-senadora Marina Silva se filiou ao Partido Socialismo
Brasileiro (PSB) ontem (5), último dia possível para concorrer nas
eleições de 2014. Durante o anúncio da filiação, no entanto, Marina não
deixou claro se será candidata a vice-presidente na chapa encabeçada
pelo presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Questionado se a entrada de Marina Silva no PSB aumenta as chances do
partido chegar ao segundo turno na disputa presidencial de 2014, Campos
foi direto - "Acho que ninguém tem dúvida disso" - , mas evitou
confirmar que já concorre ao Planalto. O governador, por sua vez, disse
que a ex-senadora conseguiu expressiva votação no último pleito "porque o
instigou o bom debate; o Brasil real para dentro do Brasil oficial”.
Marina, no entanto, tratou o governador o tempo todo já como
candidato. "O PSB já tem um candidato, que está posto. Porque não
apresentar o nosso programa a esse candidato?", questionou ao explicar a
"filiação simbólica" ao PSB como um gesto "programático, e não
pragmático".
Lideranças partidárias se posicionaram de maneira diversa sobre a
novidade no cenário político nacional. Provável concorrente de Campos, o
senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, classificou a
filiação de Marina ao PSB como "uma conquista do Brasil democrático".
Já para o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire, a
decisão foi um "equívoco". Como Campos e Marina são nomes fortes na
disputa eleitoral, a união dos dois acaba enfraquecendo a oposição ao
governo petista, avalia o PPS. Freire tentou até o último instante
atrair a ex-senadora para a legenda,
Plano C
Marina disse que sempre evitou responder às perguntas sobre um
possível plano B, caso o TSE negasse a criação da Rede, como acabou
ocorrendo. A ex-ministra do Meio Ambiente disse, no entanto, que ninguém
nunca lhe perguntou de um eventual plano C, que ela acabou escolhendo.
"Eu só tinha a ideia, a letra. Aí, eu pensei: o plano C é o Eduardo
Campos. O plano C é o PSB". Marina agradeceu aos novos companheiros de
partido, "por neste momento estarem possibilitando a chancela política e
institucional que a Justiça Eleitoral não nos cedeu"
Ela justificou a aliança entre Rede e PSB com muitos elogios à sigla
de Eduardo Campos. "Primeiro, é um partido histórico, com bandeiras
históricas. No dia da criação da Rede Sustentabilidade, nos mandou uma
carta de reconhecimento assinada pelo seu presidente. Talvez, já
antecipando este momento que só Deus sabia", afirmou.
A ex-senadora continuou: "Em muitas frentes de batalha, nós estamos
juntos historicamente. Com as nossas diferenças, não as negamos. E,
obviamente, se esse partido tem um programa, uma identidade e até tem um
candidato, ele me possibilita não fazer o esperado".
Nem candidata virtual nem Madre Tereza
Segundo a ex-seringueira, com a negação do TSE de criar o partido
Rede Sustentabilidade, o esperado seria que ela se transformasse na
"candidata da internet". "Todo mundo ia curtir e um bando de gente ia me
cutucar, mas isso não ia mudar absolutamente nada da história",
explicou.
Outra hipótese levantada por Marina seria se transformar na "Madre
Tereza de Calcutá da política", abrindo mão de qualquer candidatura e
cultivando a imagem intacta. "Se eu fizer isso, estou fazendo o
previsível, o que é mais fácil. Não é esse o caminho.
Fonte:nominuto.com
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